Conheça as 11 etapas do Campeonato Mundial de Surf

Conheça as 11 etapas do Campeonato Mundial de Surf


O que você vai ver nesse post?

  • 1. Gold Coast – Austrália
  • 2. Margaret River – Austrália
  • 3. Bell’s Beach – Austrália
  • 4. Rio Pro (Saquarema) – Brasil
  • 5. Fiji Pro – Fiji
  • 6. Jeffrey’s Bay – África do Sul
  • 7. Teahupo’o – Tahiti
  • 8. Trestles (Califórnia) – EUA
  • 9. Hossegor – França
  • 10. Moche – Portugal
  • 11. Pipeline (Havaí) – EUA

Depois de explicar como funciona o Campeonato Mundial de Surf (WCT), acho que nada mais justo do que falar um pouquinho sobre os picos onde rolam as etapas do campeonato mais importante do surf mundial. Afinal de contas, que surfista não sonha em  surfar   as mesmas ondas de Kelly, John John, Irons, Fanning e Medina, né não?

como funciona o Campeonato Mundial de Surf (WCT)

O passeio consiste em 11 etapas (eventos), onde os melhores surfistas do mundo, homens e mulheres “supostamente” surfam as melhores ondas em 11 locais diferentes nos lugares mais remotos e exóticos do planeta…. Fácil, vou explicar por que devo. Claro que é uma questão de gosto, mas, por exemplo, uma das etapas ocorreu na Barra da Tijuca e não sei se se pode dizer que há ondas dignas do mundo, concordaremos que há muita onda melhor neste Brasilzão do que as ondas barricas, não é? Mas este ano essa etapa foi transferida para Saquarema, devido à qualidade das ondas e da água do mar.

Vale lembrar que algumas etapas podem ser “móveis”, ou seja, elas podem acontecer em mais de um local, para garantir que a competição ocorra nas melhores condições possíveis. São elas: Gold Coast, Margaret River, Rio, Fiji, França, Portugal e Cascais.

A Austrália é o único país onde não há um ou dois, mas três estágios do mundo do surf. Um lugar onde o surf é uma cultura e não apenas um esporte, onde as condições climáticas e do fundo do mar oferecem todos os tipos de ondas, pequenas, médias, grandes, longas ou tubulares, que rolam o ano todo. Praias na praia em Sydney, longa e perfeita na região de Gold Coast, dezenas de fundos de pedra na área de Victoria, saídas de rios e fundos de coral no oeste da Austrália. Um verdadeiro paraíso do surf.

Então vamos ao que interessa…

Gold Coast, Queensland – Austrália – 1ª etapa Quiksilver Pro Gold Coast

Existem aproximadamente 450 km de costa, com algumas das melhores paradas de pontos do mundo. Quase todos eles podem facilmente ser picos nos palcos do mundo do surf, para você ver o luxo do lugar.

Vamos focar nos principais.

Burleigh Heads - O direito clássico é perfeito, muito longo e tubular. Sempre com muita multidão. Quando o mar não contribui para as baterias de Kirra ou Snapper Rocks, o palco é geralmente transferido para Burleigh. Fundo de pedra, com ondas de até 300 metros nos melhores dias, ideal com ondulação sudeste e ventos noroeste e oeste.

The Spit, Main Beach, Surfers Paradise, Broadbeach, Miami e Nobby - Eles são na verdade uma única praia, que recebe nomes diferentes de acordo com o nome do bairro em frente. Quando as condições são favoráveis, o surf é razoável. Muito parecido com a praia da Barra da Tijuca. O Spit marca o início das redes anti-tubarão, posicionadas a cerca de 500 metros da areia. Quando o mar é pequeno e sem correntes, essas praias são boas para aprender a surfar.

Kirra – Segundo muitos “Pros”, Australianos e estrangeiros (incluindo Kelly Slater), Kirra é uma das melhores ondas de direita no mundo. É longa, extremamente tubular, e rápida, esteja o mar grande ou pequeno. Quando está clássico, é difícil ver amadores na água. Kirra quebra em cima de corais que entram enseada adentro.

Greenmount, Rainbow Bay, Snappers Rocks – Ao lado de Kirra, fica uma sequência de 2 points perfeitos de direitas. Snappers Rocks é o mais outside, quebrando em pedra, e segurando swell de bom tamanho. Quase sempre Golfinhos serão seus parceiros na onda, apesar de muitos surfistas também. Rainbow Bay vem a seguir, quebrando metade em pedra e metade em areia. Greenmount é o último da enseada finalizando na praia. Dizem os mais antigos no esporte, que em certas condições, os 2 points se emendam, gerando um “ride” muito longo. São tanto bons para prachinhas, quanto para pranchões. Algumas ondas entubam, mas a maioria não.

Duranbah – Sem dúvida essa é a praia mais popular entre surfistas da Gold Coast. O motivo é que sempre tem ondas, por estar voltada para o sul, de onde muitos dos swells são gerados. Não interessa o tamanho do mar. Esteja grande, pequeno ou mínimo, Duranbah sempre tem ondas para os dois lados quase sempre bem formadas, curtas, perfeitas e tubulares. Sempre está crowd, mas tem onda para todo mundo. A praia fica protegida por um quebra-mar que gera ótimas direitas, e no meio, picos isolados em toda a extensão da praia completam o cenário.

Margaret River – 2ª etapa Austrália Drug Aware Margaret River Pro

Margaret é uma das etapas móveis do campeonato. O pico principal é o Main Break e o backup é o The Box. Melhor época para  surfar   em Margaret é de Setembro a Abril, quando coincide com os swells de primavera, o verão e o Margaret River Pro.

Main Break – Localizado em Surfers Point o icônico Reef Break é conhecido por suas ondas grandes e swells sólidos. As esquerdas de fundo de coral ficam há centenas de metros pra fora do outside e são surfadas em swells de 4 metros ou mais. Quando está grande, Main é definitivamente para surfistas experientes. A esquerda tende a ser a onda dominante e em algumas condições rolam tubos pesados. Dependendo do tamanho da onda ela abre bem e tem um lip bem pesado.

Reef break

The Box – Há mais ou menos 800m ao norte de Main rola esse tubo de direita pesado e intenso chamado The Box, (a caixa), que ganhou esse nome porque a onda puxa a água pra cima tão rápido e forte que ela fica quadrada quando quebra. Melhor condições rolam nos swells de oeste variando de cinco a oito pés, ventos de leste com maré média pra alta. The Box favorece os destros. Não rola onda esquerda lá.

Bells Beach,Victoria- Australia – 3ª Etapa Rip Curl Pro Bells Beach

Distante 100 Km de Melbourn, perto da cidade de Torquay, é uma localidade costeira do estado de Vitória. Altos penhascos proporcionam um cenário dramático para o anfiteatro natural da praia e grandes ondas vindas do Oceano Antártico desaceleram e abrem sobre o fundo de coral raso criando um surf excelente. Bells é recomendada para os surfistas experientes. O fundo é de coral com direitas perfeitas. A melhor época do surf rola no outono e inverno.

Rio Pro 4ª Etapa – Saquarema – Brasil

Em 2017 o evento foi transferido para a Praia de Itaúna em Saquarema devido a questões como a qualidade das ondas e da água do mar nos últimos anos.

Itaúna tem altas ondas, é o pico onde quebram as maiores ondulações do estado do RJ. O tamanho das ondas variam de 0,5m a 3,5m, o fundo é de areia com esquerdas longas e manobráveis e direitas cavadas que abrem em direção do canal. As temperaturas são em média amenas e as chuvas raras. Outra característica interessante do pico dessa etapa do mundial do surf é que quando entra um swell grande e o mar passa de dois metros de altura as ondas ganham ainda mais perfeição, abrindo por centenas de metros do canto esquerdo até a areia. Além dos tubos claro. Excelente escolha de local pro Rio Pro na nossa opinião. Bom para surfistas amadores e mais experientes dependendo do tamanho claro.

Fiji Pro – 5ª Etapa

Fiji é um arquipélago situado no oceano Pacífico, com onda e água quente o ano inteiro. Mesmo sendo um lugar extremamente constante, a melhor época vai de março a outubro (inverno por lá), com ondas que variam de 2 a 18 pés. Os picos mais conhecidos e com as melhores ondas são Cloudbreak e Restaurants, onde rola essa etapa do mundial do surf. Ambos ficam em Nadi na ilha de Tavarua, são esquerdas, fundo de coral e para surfistas experientes.

Cloudbreak é uma esquerda tubular com duas sessões que quebra a 2km de Tavarua, quanto maior o swell mais tubular fica.

Restaurants é outra esquerda perfeita, super manobrável e com uma sessão de tubos. Pode ficar bem rasa na maré seca o que a torna bem perigosa por causa do fundo de coral e pedras.

Jeffreys Bay –6ª etapa J-Bay Open – Africa do Sul

Talvez o pico de surf mais conhecido da África. Lembra onde o Mick Fanning foi atacado por um tubarão no meio da bateria? Então, é lá mesmo… Mas tubarões podem aparecer em vários lugares da etapa como em Margaret por exemplo e para tentar diminuir esse risco várias medidas serão adotadas pelo ASP, desde os conhecidos shark-shields, até monitoramento com drones, balões de hélio e câmeras fixas na água.

J-Bay é uma praia muito extensa, onde quebram 23 sessões de surf diferentes. Quando o mar está grande eles podem se juntar. Começa lá em cima com Boneyards com uma onda pesada e rápida. A sessão seguinte é o famoso Supertubes ou Supers, onde acontece a etapa do mundial, com ondas longas, rápidas e muitas vezes tubulares de direta de 4 a 8 pés que rolam o ano todo. Quando tá grande a onda passa por várias sessões até Town Beach, com mais de 1km de onda. O fundo é de areia e rochas. Depois vem Salad Bowls, Tubes, The Point, com ondas mais gordas e mais lentas e Albatross, com  fundo de areia   e mais inconsistente, precisa de swells maiores pra quebrar, mas quando entra fica bom.

Teahupo’o – 7ª Etapa Billabong Pro Taiti

Teahupoo’o que a tradução significa “crânios quebrados” é uma vila na costa sudoeste do Taiti, Polinésia Francesa no Oceano Pacífico Sul. Conhecida como a onda mais pesada do mundo e também a mais perigosa. Essa reputação se deve ao imenso tamanho, a quantidade de água indescritível e rapidez da onda combinado com um fundo de coral afiadíssimo a somente alguns metros de profundidade e ah, tubarões. Sim, pra  surfar   esse tubo perfeito, cavado e perigoso tem ser bem experiente e muito corajoso, pois um erro pode ser fatal. Mas se você se enquadra nessa descrição, dá pra chegar no pico localizado a aproximadamente 1Km da costa remando por 15 minutos ou de barco.

A diferença repentina de profundidade é um dos fatores que causa essas ondas tão pesadas, com tanto volume de água.

Trestles –8ª Etapa Hurley Pro – Califórnia EUA

Localizado na praia de San Onofre, na cidade de São Clemente, Trestles tem quatro picos diferentes de surf:

  • Cottons – Com esquerdas longas bom para iniciantes e longboards.
  • Upper – onde quebram mais direitas.
  • Lower – É o break mais consistente e onde rola o mundial do surf com ondas rápidas que abrem para os dois lados com direitas rápidas e intensas e esquerdas manobráveis e divertidas. Trestles funciona bem em qualquer maré, mas na maré enchente as ondas ficam mais rápidas e tubulares. O tamanho das ondas varia de 1.6 a 3.0 metros.
  • Middles – São direitas fraquinhas e pouco consistentes.
  • Church – Direitas longas boas para longboards.

Todos esses breaks tem fundo de pedra, mas a profundidade é boa então é só tomar cuidado pra não se machucar.

França – 9ª Etapa France Pro – Hossegor

Hossegor, um dos breaks mais pesados da Europa, também é chamada de Pipeline Francês, devido a similaridade com as ondas havaianas. Devido à um cânion submarino, que chega a profundidades de 4000 metros próximo da costa, essa onda atinge a praia praticamente sem perder energia de alto mar. Pelo seu potencial em gerar tubos cavernosos e sinistros, essa etapa é uma das mais esperadas pelos tuberiders do circuito mundial. Em geral, essa onda quebra para os dois lados. Mas claro que isso depende muito de como está a bancada no dia (fundo de areia), hora da maré, vento e direção das ondas.

Portugal – 10ª Etapa Moche Rip Curl Pro – Peniche

O pico escolhido no mar de Peniche para essa etapa do mundial do surf é Supertubos, uma praia famosa por suas ondas rápidas e tubulares com  fundo de areia   que chegam a atingir 3 metros. Os ventos predominantes de NE alisam o mar e prolongam o tempo em que o surfista pode “entubar”. As ondas em Supertubos quebram tanto pra esquerda como pra direita e são para surfistas experientes.

Pipeline – 11ª Etapa Billabong Pipe Masters – EUA

Essa é a última etapa do ASP World tour e a mais tradicional delas. O local da decisāo do título mundial tem dois picos, Pipeline e Backdoor, que quebram na mesma praia chamada Banzai Pipeline. Pipeline é uma onda direita e Backdoor esquerda. Normalmente os dois picos nāo funcionam ao mesmo tempo, mas quando isso acontece se escolhe um deles pra rolar o campeonato, pois as duas ondas sāo distantes e exigem posicionamento diferente por parte dos surfistas. O mar de Pipeline possui três reefs/bancadas diferentes com distâncias diferentes em relação a praia. A onda clássica de Pipeline pode quebrar no primeiro e no segundo reef. Dependendo da direção do swell, do tamanho da onda e de outras variáveis, a onda passa a acontecer no terceiro reef e muda um pouco de nome – passa a se chamar Banzai Pipeline. O fundo bem raso de coral faz que as ondas de pipe sejam rápidas mas também perigosas, qualquer descuido ou queda pode machucar bastante.

Perguntas Frequentes

O que distingue cada um dos 11 estágios do campeonato mundial de surf e como eles moldam coletivamente o campeonato?
Cada estágio do campeonato mundial de surf é distinguido por sua localização, tipo de onda e condições locais, oferecendo diversos desafios aos surfistas. Coletivamente, esses estágios testam a adaptabilidade e as habilidades dos surfistas em vários ambientes de surf, moldando o campeonato geral.




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